Regresso às aulas no Huambo orçado em mais de dois biliões de kwanzas



Huambo - Os custos operacionais para a criação de condições e aquisição de meios de biossegurança nas escolas do ensino geral do Huambo, de modo a garantir o regresso seguro dos alunos às aulas, sem risco de contaminação da da Covid-19, estão avaliados em dois biliões, 360 milhões, 920 mil e 380 Kwanzas (Akz).



| Por: Valentino Kulivela Yequenha (Jornalista da Angop-Huambo), Revisão Técnica: Osvaldo Luimbi Zacarias | 30 Junho de 2020 | Educação. 

O facto foi dado a conhecer hoje, terça-feira, pelo director do Gabinete da Educação, Celestino Piedade Chiquela, que falava durante um encontro alargado com o objectivo de analisar os desafios e as soluções para o retorno das aulas, o valor em causa permitirá a criação de condições objectivas necessárias de prevenção da propagação da doença nas mil e 190 escolas da província.

Por esta via, prosseguiu Celestino Piedade Chiquela, mitigar-se-á as insuficiências das condições de biossegurança das escolas, que considerou estarem aquém dos objectivos desejados para o retorno seguro das aulas.
Avançou que apenas 173 têm disponibilidade de água, um dos meios fundamentais para prevenção contra a pandemia.
Conforme o responsável, a maior dificuldade regista-se ao nível das escolas do ensino primário, pois a maioria delas são de construção provisória e adaptadas em infra-estruturas não adequadas.
No total, referiu que o sector possui apenas 399 escolas de construção definitiva, perfazendo três mil 794 salas de aula, enquanto mil e 70 são provisórias e quatro mil e 220 improvisadas.



Já no II ciclo do ensino secundário, cujas aulas poderão retomar no próximo dia 13 de Julho, das 32 escolas existentes, 26 dispõem de autonomia financeira, sendo que apenas nove têm acesso à água canalizada a partir da rede públicas, 22 com furos deste produto, enquanto no domínio da energia eléctrica 14 têm o abastecimento da rede pública e 18 por grupos geradores.

Perante uma plateia constituída, entre outros, por administradores municipais, responsáveis do sector nos 11 municípios, Celestino Piedade Chiquela considerou necessário o envolvimento das administrações municipais, bem como das comissões de pais e encarregados de educação, na criação de condições mínimas de biossegurança, para que seja possível a reabertura das escolas, dentro dos prazos estipulados.
Por sua vez, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico, José Cornelio, defendeu a necessidade da contínua sensibilização das famílias, pais e encarregados da educação, assim como de todos os actores do sistema de ensino/aprendizagem a pautarem por um pensamento positivo.

Sob o lema “Por um ensino de qualidade e inclusivo, lutemos contra a covid-19”, além do relatório, os participantes, destacando ainda as entidades religiosas, representantes de políticos com assento no Parlamento e membros da sociedade civil, analisaram igualmente a situação da merenda escolar, o regulamento da comissão de pais e encarregados de educação, a calendarização para a eleição das comissões de pais e encarregados da educação a nível provincial, municipal e escolar, bem como as suas comparticipações.

As aulas em todos os subsistemas de ensino em Angola, incluindo o universitário, foram interrompidas em Março deste ano, no quadro do reforço das medidas de prevenção e combate à pandemia Covid-19.
Antes da interrupção do ano lectivo, no quadro das medidas de prevenção e combate à gripe por coronavírus (Covid-19), estavam a frequentar as aulas, nesta província, um milhão, 29 mil e 681 alunos do ensino primário ao II ciclo do ensino secundário, contra os 933 mil e 609 de 2019, com uma taxa de crescimento de 9 a 10 por cento.

Estes alunos estavam a estudar em 816 escolas, num total de sete mil e 844 salas de aula, cujas aulas estavam a ser ministradas por 18 mil e 331 agentes pedagógicos.

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