"Yallas Yall" Pode vir a ser o melhor Beatmaker de Angola







O beatmaker, Yal Deolinda Golçavalves, conhecido como "Yallas Yall" nome artístico, revelou em entrevista ao Portal e TV Veracidades, na rubrica Conta A Tua História, cujo o objectivo foi saber sobre a carreira do artística, que é produtor de instrumentais de rap das mais variadas sonoridades, segundo o artista que diz trabalhar arduamente para trazer aos fãs e seguidores os melhores beats de rap e outras vibes, que já é hora e momento dos artistas angolanos optarem mais por beats originais aos invés dos instrumentais da internet, pois segundo ele os produtores angolanos hoje por hoje conseguem produzir instrumentais com todos requisitos necessário  para  uma boa música vir a ser um sucesso nacional até mesmo internacional.


| Por:Osvaldo Luimbi Zacarias| 10 de Julho de 2020 | Rubrica: Conta A Tua História | Cultura | Entrevista.


Filho de Armando Gonçalves e Deolinda Angelica, Yallas Yall, nascia aos 22 de Novembro de 1996, começou de forma amadora a produzir beats e música em 2012, na Lunda Sul, no município de Saurimo, tendo começado por kuduro, uns dos seus primeiros instrumentais tinha a sonoridade igual a uma das músicas dos Defaya, um grupo de kuduro que muito fez sucesso nos anos 2000 composto por Rei Panda, Disciplo, Lito squindoso. 

De lá prá cá, Yallas, focou-se mais em produções de beats de rap em grande escala e com profissionalismo desejado para atender a procura e oferta do mercado, fez saber que na altura quando começou os instrumentais eram do tipo hip-hop, o artista centrou-se definitivamente ao rap como tal quando seu amigo,membro do mesmo grupo e produtora, rapper, Pedro Kiss, pediu-lhe para cantar em um dos seus instrumentais que o encontrou a criar no estúdio, daí Pedro Kiss gravou a música no beat do Yallas, a música foi um sucesso, desde então, Yallas, passou a gostar do seu próprio trabalho e investir nele, começou a se dedicar ainda mais na área de beats com realce ao instrumentais de rap. 





Actualmente, o beatmaker,Yallas, já produziu mais de 250 beats, dos quais, 70% dos instrumentais foram para os seus colegas do grupo e produtora na qual pertence que outrora chamou-se Jamy Business Music e que viria a ser em 2018 a UXI20 e UXINATION.  



O jovem da lunda, Yallas, veja seus sonhos, futuro e vida nos beats,explicou que os seus instrumentais custam mais de 15mil kzs a depender da vontade do cliente, e bem como, se o cliente pretende o beat e gravação músical. 


Sobre a sua mudança para a capital do país,Luanda, avançou o entrevistado que deixou Saurimo porque pretende trabalhar de forma fixa na capital, isto porque segundo ele em Luanda há uma maior abertura industrial e o mercado está crescido o suficiente para o tipo de trabalho que realiza, yallas, declarou que  "Beatmaker" é uma boa profissão a se seguir e disse ainda que se pode viver dela quado bem aplicada e explorada. 




CONFIRA A ÍNTEGRA DA ENTREVISTA  COM O BEATMAKER YALLAS YALL. 

QUANDO  SURGE A VONTADE EM QUER SER BEATMAKER? 

A vontade começou quando meus artistas começaram a pretender cantar em beats nacionais, particularmente nos produzidos por mim, daí eu disse, wuau, se eles estão a depositar créditos e confiança nos meus instrumentais é porque estão a sentir power, dali começou a surgir o interesse inicial, desde então, eu diz a mim mesmo que levaria essa cena com muita seriedade e dedicação porque os meus manos antes não cantavam em bests originais, o normal era eles baixarem instrumentais norte-americano na internet, foi assim que tudo começou. 

INICIALMENTE, QUANDO COMEÇAS, JÁ TINHAS UM ESTILO ESPECÍFICO DE BEATS QUE PRODUZIAS OU PRODUZIAS DE TUDO UM POUCO? 

É como tudo, na fase inicial a mente viaja muito, propriamente comecei pelo estilo kuduro,  mas fui notando que não era o estilo que realmente queria produzir, como gosto de explorações, fui criando novas weves, e assim nasceu o gosto, a curiosidade em fazer instrumentais de Rap, fui vendo o power dos beats e notei que conseguia fazer beat de rap, e assim continuei até hoje, atenção, enquanto produtor posso produzir todo tipo instrumentais,  mas o que me caracteriza é o Rap, Rap Trap. 


SERÁ QUE AINDA TE CORDAS COMO FORAM O PRIMEIROS BEATS?

Isto é tipo alguém te dar uma purrada, você nunca esquece,  e não só, as boas coisas agente não esquece mesmo, o primeiro dos primeiros foi um instrumental de kuduro, não é uma coisa wua hoje, mas naquela altura era uma cena muito doop, algo muito mexido, foi um instrumental semelhante ao beat da música dos Defaya,até porque produzi ouvindo a mesma música, utilizei samplis  habitual do FL, Furty Loop, programa de produção de beats, uma ou outra coisa adaptei porque ainda tinha bons recursos. 

QUAIS SÃO OS MARCOD QUE SIMBOLIZAM  A MUDANÇA DO KUDURO PARA RAP? 



Foram ad músicas, artistas, como tal, o foco em produzir RAP começa quando fui sentido que RAP se identificava comigo, eu ouvia muitas músicas americanas e angolanas,exemplo Valete, Halloween dentre outros, nesta altura, erá mais  Hip Hop do que outra coisa, ainda não produzia Rap como tal, mas como já tinha o programa de beats  fui evoluído até que atingi o Rap, Trap,  passei a navegar mais nessas weves. 



QUANDO É QUE COMEÇAS A PRODUZIR BEATS DE FORMA PROFISSIONAL? 

Olha, o crescimento profissional surgiu quando Pedro Kiss, músico do grupo musical e produtora na qual faço parte, disponibilizou se em cantar em um dos meus beats que ele ouvindo enquanto eu produzia, gostou do beat e pediu para cantar nele até porque ele entrava a trabalhar em uma mixtap, dei-lhe o beat e cantou, o supriedente é que tanto eu como ele sentimos um profissionalismo mais que o habitual,  desde esse dia vi que os meus trabalhos já tinham uma qualidade e produção profissional,  e o Pedro ainda disse-me"yallas" stop nos beats de internet,  o meus beats agora têm de ser originais para fortalecer a minha carreira. 



DE LÁ ,PRÁ CÁ, QUANTOS BEATS PRODUZIU, E QUANTOS FORAM DE PROJECTOS COLECTIVOS E INDIVIDUAIS ?  

Eu não tenho uma estatística exacta de quantos beats cheguei a produzir, mas posso lhe garantir que são mais de 250 beats, e veja, só esse ano já produzi mais de 50 beats imagina esses anos todos?  e sem dizer que este ano ainda não terminou. 

Em 2016 lançamos o Álbum Como Nós Só Mesmo Nós, foi uma obra quando na altura o grupo titulava-se como Jamy Business Music, que virá a ser a Uxi2020 em 2018, maior partes do instrumentais foram feitos por mim,  ainda assim fiz vários beats para outros membros do grupo  e pessoal de fora. 

60% dos beats que produzi foram para o elementos do meu grupo,  já 30% foi de projectos individuais e de artistas de modo geral. 

JÁ CHEGOU A DISPOBIBLIZAR UMA BEAT TAP E O QUE LHE GERA MOTIVOS PARA PRODUZIR OS BEATS? 

Infelizmente nunca disponibilizei uma obra só de beats, isto porque ainda não estou satisfeito o suficiente com os meus trabalhos, ainda pretendo melhorar bastante para depois disponibilizar,  e o outro motivo, é que no momento pretendo ganhar mais protagonismo, mais fãs e seguidores, ser visto e conhecido por toda Angola, de modo que assim que eu lançar obras de beats haja real niggas que vão baixar. 


Sendo humilde a inspiração vem de qualquer coisa, de sonoridades americanas e angolanas, os meus beats expressam motivação, energia, diversão e descontracção, de modo geral a motivação surge muito a depender do momento,  da disposição, o espírito.


HÁ UM BEAT QUE TANTO TE ORGULHAS? 

Tenho sim, é como ser pai e ter 7 filhos, há sempre um que muito gera orgulho,  só não vou revelar aqui qual é porque a  grosso modo gosto de todos meus trabalhos. 



COMPARANDO O ONTEM E O HOJE, QUAL FORAM AS DIFICULDADES E SUPERAÇÕES ?

Noutrora, havia mais escacez de matérias, tantos físicos e virtuais, não tinha bons samplis e plugins, mas já me orgulhava, pois o pouco que eu tinha servia para fazer qualquer coisa,  hoje por hoje, há mais disponibilidade de matérias,  já se consegue ter plugins, samplis, pianos, programas, ou seja, recursos necessários com facilidade desde que se tenha dinheiro, embora uma ou outra coisa não aperece no mercado, mas o fundamental,  o necessário aparece. 



Com  gostos  peculiares típico pela gastronomia angolana e particularmente da cultura Lunda Tchokwe, Yallas disse que gosta de funge, a kissaca, o peixe cabuenha dentre outros pratos da sua terra, Yallas, revelou que está solteiro, e deixou claro que para quem quiser tem o passse livre, o artista que também é admirador de roupas de marcas  e coisas de luxo  terminou a entrevista dirigida por Osvaldo Luimbi Zacarias, durante uma hora de muita diversão e boa conversa esclarecendo o seguinte.


VALE APENAS SER UM BEATMAKER, JÁ GANHOU BASTANTE DINHEIRO COM ESTA PROFISSÃO? 

Está profissão já me gerou dinheiro sim, não diria bastante dinheiro, mas já deu-me o necessário, mas não o suficiente e sei que ainda vai me dar mais. 

Se vale ou não vale ser beatmaker?! É como tudo,  se um pescador não larga a sua profissão é porque ele sente e vê o benefício, respondendo a sua questão sim vale apenas ser beatmaker, é uma boa profissão. 


QUAL É A SUA AVALIAÇÃO PESSOAL SOBRE O SEU TRABALHO? 

Nenhum ser humano admite que é feio, neste contexto, sou bom no faço e faço bem, não faço isto com dúvidas, faço por conhecimento experiência, e ainda posso vir a ser o melhor do mercado, até porque o objectivo é este .

QUAIS SÃO OS ARTISTAS QUE GOSTARIAS DE TRABALHAR COM ELES? 

Sinceramente, eu gostaria de trabalhar com todos, desde músicos e produtores músicais, beatmaker de estilos diferentes,  isto porque cada pessoa é uma pessoa, cada ideia é uma ideia, sem querer citar nomes, quero trabalhar com todo mundo dos menos aos mais expedexperientes, para com eles aprender e crescer,até porque sei que nada sei. 




QUAIS SÃO OS SEUS PROJECTOS FUTUROS, O QUE É QUE TENS EM CARTEIRA? 

Recentemente trabalhei e disponibilizamos a Ep de 4 feixas do Pedro Kiss, muitos trabalhados estão em carteira para este e o próximo ano, não vou aqui dar todos os detalhes, mas vem surpresas, vem muitas coisas boas.  




CONFIRA ALGUMAS DAS OBRAS DO BEATMAKER YALLAS YALL


1. Sou Playa (Pedro Kiss ft. Júnior J.)
2. Make Killer Man (Pedro Kiss & Amacy)
3. Blassed (Pedro Kiss, Fox Man & Sérgio Nice)
4. Gata Selvagem (Produção participada)
5. Introdução (Moreno Txanna)
6. 100 Barras (Moreno Txanna & Elly Breezy)
7. Black Diamond (Betas One, Elly Breezy, Brata Mc, Amacy)
8. Mekié (Fellas Winner, Bird One & Yallas Yall & Elly Breezy)
9. Machista Sick (Pedro Kiss & Fellas Winner)
10. Fuma Bula (Produção participada)
11. Tou Na Party (Miroz Miguel, Adilson Tyzzy & Samuelkid)
12. Bando De Hatters (Adilson Tyzzy & Bird One)
13. Alone (Moreno Txanna & Pedro Kiss)
14. Rico (Pedro Kiss, Elly Breezy, Fellas Winner & Amacy)
15. Sem Igual (Zemax Francês, Moreno Txanna, Adilson Tyzzy, Miroz Miguel & Amacy)
16. Kínguila (Adilson Tyzzy)
17. Tá Fire (Pedro Kiss)
18. Você Encontrou (Pedro Kiss)
19. Puxa o Zoom (Uxí20)
20. #TVV (Uxí20)
21. New Day (Miroz Miguel)
22. Hustle Hard (Miroz Miguel)
23. Não Mostro A Face (Pedro Kiss, Moreno Txanna & Zemax Francês)
24. Nganza (Pedro Kiss & Betas One)
25. Mamã África (Marcus Pro Hd)
26. Game Tá Fire (Adilson Tyzzy & Tizzy Flow)
27. Nunca É Tarde (Adilson Tyzzy)
28. Money & Saúde (Adilson Tyzzy)
29. Ressaca (Adilson Tyzzy & Txanna)
30. Real Talk (Adilson Tyzzy & Yallas Yall)
31. 100 Tattoo (Pedro Kiss)
32. Biva Ou Street (Pedro Kiss, Yallas Yallas & Snick Shine)
33. Mamy, Papy Liga (Pedro Kiss & Yallas Yallas)







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