Mais de 500 crianças são vítimas de trabalho infantil.




Segundo, os dados do Instituto Nacional da Criança (INAC) indicam que, de Janeiro a Maio do ano em curso, 573 crianças foram vítimas de trabalho infantil, sobretudo na exploração de inertes e em fazendas. 

|Por: Osvaldo Luimbi Zacarias | 12 de Julho, 2020 | Sociedade. 


A título de exemplo, em vários mercados da capital, e em outros pontos do país, são  vistas diariamente muitas crianças a vender ou a pedir esmola a quem passa. 


O  director do INAC, que fala  em uma entrevista, explicou que do referido número não fazem parte crianças que comercializam produtos na via pública, lavadores de carros, nem as exploradas na pesca e comercialização de peixe e as que deambulam nas centralidades a pedir esmolas, sobretudo nas centralidades do mais variados pontos de Angola. 

Paulo Kalesi fez saber que a área que mais preocupa o INAC, tendo em conta o grau de risco que as crianças correm, é a da agricultura, onde muitas crianças, em fazendas, manuseiam produtos químicos e instrumentos inapropriados para a sua idade.

Disse ainda o responsável do INAC, o sector da exploração de menores também inquieta as instituições de defesa dos direitos da criança. A titulo de exemplo, Paulo Kalesi falou do que acontece no município da Jamba “Mineira”, província da Huíla, onde, além do garimpo de diamantes, encontram-se crianças no fabrico de blocos, trabalhos domésticos e na mendicidade, muitas vezes a mando de adultos, o que também preocupa o Instituto Nacional da Criança (INAC). 




De modo geral,  dados, revelam que,  crianças do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, são as mais expostas ao trabalho de garimpo e outros mais pesados, enquanto que, para o trabalho doméstico, a primazia recai para as meninas dos oito aos 14. 



 Algumas crianças não  são  poupadas de terem o descanso que merecem. A suspensão das aulas, devido à pandemia da Covid-19, para algumas crianças tem sido motivo de alegria, pois têm mais tempo para brincar e descansar, mas para outras a realidade é diferente. Enquanto umas podem acordar até bem mais tarde, outras não têm esse “privilégio”, pois as vicissitudes da vida são desiguais. 


As províncias de Luanda, Bengo, Huíla, Benguela, Huambo, Cabinda e Lundas Norte e Sul são as que têm maior registo de casos de crianças envolvidas no trabalho infantil.





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